Foto: Cícero Fraga
Gastei minhas havaianas,
brincando de Hawaii Ana.
Perdi a conta, da conta!
mas eu dou conta,
só preciso de calculadora.
A minha razão foi flagrada
Arruaçando, arruaceira…
A rua acesa, e veja,
Nem coro mais.
Ah! prefiro passar da conta.
no descontrolar, me viro.
É como contar histórias,
Atento meu imaginário,
Vocabulário de caráter libertino.
Quantos gêneros, imagino,
Hão de compor
medos, dedos, anéis, fiéis!
oxítona eu sei. cantar:
“o anel que tu me deste”
Ainda na roda,
E minha cabeça girando,
Cito qualquer frase
De qualquer poeta latino.
“era vidro e se quebrou”
Nessa ciranda ninguém canta?!
Opa! O verso é meu.
Esta ciranda é nossa.
Mas por que só eu danço
e desatino?
eu amo, ando. desatino. recanto. danço.
e faço drama.
que é pra tu dizer que ama.
e cantar pra encantar.
é destino!
Falo de quem amo
Ou de canhamo. Invento
Conversa em roda murcha
E desabrocha uma fálica
Flor.
bem me quer.. mal me quer…
“o amor que tu me tinhas”
Essa ciranda não anda?!
Vamo, gente!
O meu ritmo é outro.
Mas não deixe a noite
Acabar.
Ah! cansei de brincar.
mas se quiser me achar,
vai ter que contar até 10.
Ana Carvalho e Cícero Fraga